Abelha
Nome que tem origem no latim apis, apiçula, apis mellifica. Os gregos chamavam as abelhas de Antófilas, isto é, "amigas das flores", considerando-as emblema do trabalho e símbolo do império, e por isso as colocavam sobre moedas.
Desde os tempos mais remotos, a abelha é símbolo do homem laborioso e industrioso, sendo a representação alegórica da Obediência e da Constância, que recomenda o trabalho assíduo para o próprio aperfeiçoamento e bem-estar da humanidade. Os chineses e alguns povos da África a esculpiam sobre o túmulo dos homens que se distinguiam pela inteligência e a laboriosidade. Também os primitivos cristãos faziam o mesmo nas catacumbas. Segundo os textos sagrados, pelo seu vôo reto, a abelha simboliza o Cristo ressuscitado, e também os seus perseguidores.
Segundo Isaías, a Abelha é o protótipo da heresia, porém laboriosa e previdente; produzindo o mel, amante das flores e detestando toda a imundície, ela não representa mais que ideias doces, risonhas e amáveis. É a imagem do Cristo, da virgem por excelência, da mulher forte e do espírito de Deus. Afirmam os armênios que a abelha nunca dorme, sendo considerada, por isto, como um exemplo de vigilância e de zelo para a aquisição de todas as virtudes.
Entre os maçons, este útil inseto simboliza, além da Obediência e da Constância e de outras virtudes, o Trabalho, a Justiça, a Atividade e a Esperança.
Em certa época, as abelhas serviram de ornamento aos Mantos Reais da França, até que foram substituídas pelas flores de Lis.
Fonte:
Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia - Vol. 1
Editora Arte Nova, por Nicola Aslan da Academia Maçônica de Letras.
Arte gráfica desenhada por: O Livro dos Dias.