COMISSÃO DE HOSPITALARIA

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Zorobabel




Conforme a Bíblia, Zorobabel (ou Zerubbabel) era um judeu nascido na Babilônia que, em razão da sua condição como descendente do rei Davi, pleiteou ser o governante do trono de Judá. Nas genealogias apresentadas nos Livros de Mateus e de Lucas, Zerubbabel é apresentado como ancestral de Jesus Cristo, através da linhagem do rei Davi. Zorobabel foi designado pelo Imperador da Pérsia como Governador da Judéia e atuou sob a proteção de Tatenai, o governador militar da região, e com o apoio de  Josué, o sumo-sacerdote hebreu.

No Rito Escocês Antigo e Aceito, Zorobabel é a figura central na lenda do Grau 15 (Cavaleiro do Oriente, ou Cavaleiro da Espada). Conforme a tradição maçônica,  Zorobabel nasceu no exílio, durante o Cativeiro Babilônico, e apelou a Ciro II (ou Ciro, o Grande), rei da Pérsia, pela libertação do povo hebreu, bem como pelo retorno do seu povo à Jerusalém, a fim de poderem reconstruir o Templo de Salomão, destruído durante a invasão pelos guerreiros babilônicos.

De acordo com a narrativa, após derrotados, os hebreus foram feitos prisioneiros, retirados da suas terras e levados como escravos para a Babilônia, por ordem do rei Nabucodonozor II. Esse exílio durou setenta anos. O rei Ciro II, após derrotar e conquistar a Babilônia, em 539 a.C., autorizou o retorno dos hebreus às suas terras e designou Zorobabel como governador na Judeia, sob o título de Tharsata, concedendo-lhe a espada e o anel que simbolizavam sua autoridade.

Zorobabel partiu da Pérsia, região a leste da Palestina, e rumou para a Judeia com seus cavaleiros, conduzindo um grupo de mais de 42.000 hebreus, esperançosos por retornarem à sua pátria. No trajeto em retorno à Judeia, a caravana de Zorobabel sofreu uma emboscada numa ponte sobre o rio Eufrates, na região de Gabara. Os agressores eram soldados babilônios, residentes na Samaria. A batalha foi vencida pelas tropas de Zorobabel e a dura travessia da ponte de Gabara assumiu o significado da difícil passagem da escravidão para a liberdade.

Zorobabel marcou a vitória em Gabara nas pilastras da ponte, com as letras: LDP (liberdade de passar). Após chegar em Jerusalém, como forma de priorizar a reconstrução do 2º Templo de Jerusalém, Zorobabel realizava as reuniões com seus conselheiros e auxiliares nas proximidades das ruínas do Templo.

Durante a reconstrução do Templo de Jerusalém, Zorobabel e os operários do Templo tiveram diversos confrontos com os samaritanos, os quais eram povos que já ocupavam a região quando do retorno dos hebreus. Por conta desses conflitos, durante as obras de reconstrução, os judeus passaram a trabalhar armados com espadas, além das ferramentas de construção. Diante das dificuldades provocadas pelos samaritanos, Zorobabel, na qualidade de Governador da Judeia,  apelou ao rei Dario I, sucessor de Ciro II, para que o apoiasse na luta contra os samaritanos.

A conclusão das obras de reconstrução do Templo de Zorobabel (Segundo Templo de Jerusalém) ocorreu em 515 a.C.. Após alguns séculos, o Templo de Jerusalém foi reconstruído pelo rei Herodes, durante o período da dominação romana. O Terceiro Templo (ou Templo de Herodes) resistiu até o ano 70 d.C., quando foi destruído pelos próprios romanos. No Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo), Zorobabel é o chefe da divisão de guerra que reúne os maçons do Grau 15 (Cavaleiro do Oriente) e que faz parte do Grande Acampamento.


Fonte:
Grupo de estudos maçônicos.

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